Imiquimod aprovado para tratar câncer de pele
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso do primeiro medicamento de uso tópico – imiquimod – que é capaz de estimular o organismo a destruir um câncer de pele superficial.
Uma ferida semelhante a uma espinha, que sangra com freqüência e não cicatriza, seja ela no nariz, nas costas, no colo ou até mesmo na orelha, pode ser mais do que um simples ferimento.
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Esse tipo de ferida pode indicar um carcinoma basocelular, tipo de câncer de pele mais comum, responsável por 70% dos casos, segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer).
Principal causa é a exposição ao sol
O carcinoma basocelular é o tipo de tumor de pele mais freqüente na população. A principal causa desse tumor é a exposição crônica ao sol.
Apesar de maligno, ele não tem capacidade de produzir metástases, isto é, de migrar para outros órgãos e tecidos. Por isso, uma cirurgia é o suficiente para eliminá-lo.
Mas, mesmo com a certeza do resultado, ainda há quem tenha pavor de cirurgia ou quem tenha algum tipo de alergia aos anestésicos, o que torna a alternativa inviável.
A novidade é que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o primeiro medicamento de uso tópico, o imiquimod, que é capaz de eliminar o tumor em poucas semanas.
“O carcinoma basocelular cresce lentamente. A luz solar diminui a capacidade de defesa imunitária do organismo e, por isso, a exposição constante ao sol provoca uma espécie de mutação das células basais, que se proliferam com facilidade”, explicou o dermatologista Cyro Festa Neto, professor da USP.
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Produto funciona apenas para alguns tipos de câncer de pele
São quatro as formas básicas de tratamento: a cirurgia, que é a mais indicada por sua eficácia e pelas cicatrizes discretas; a cauterização; a aplicação de quimioterapia local; e a terapia fotodinâmica.
“É importante ressaltar que a pomada não trata todos os tumores basocelulares e, sim, aqueles superficiais, detectados precocemente. E só é possível saber isso depois da realização de uma biópsia”, disse Marcus Maia, dermato-oncologista e professor da Santa Casa de São Paulo.
Mecanismo de ação do imiquimod
O imiquimod é um gel/creme que tem a capacidade de estimular os mecanismos imunológicos do paciente na região afetada, fazendo com que o próprio organismo destrua o tumor.
Em contato com as células doentes, a pomada causa uma reação inflamatória no local, semelhante a uma alergia, até que o tumor morre, sem deixar marcas ou cicatrizes.
Essa pomada já era usada no Brasil no tratamento das verrugas genitais causadas pelo papilomavírus humano (HPV). Diante da sua eficácia nesses tipos de lesões, vários estudos foram feitos para comprovar que os benefícios poderiam ser estendidos para os tumores superficiais da pele.
Tumores estão aparecendo em pessoas mais jovens
Os tumores de pele basocelulares, mais freqüentes em pacientes com mais de 40 anos, estão aparecendo cada vez mais em pessoas jovens, especialmente naquelas que praticam esportes ao ar livre e não usam proteção solar adequada.
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Cyro Festa Neto, professor de dermatologia da USP, ressalta que outro fator responsável pelo aumento do número de casos de câncer da pele em jovens é o hábito de tomar sol sem o uso adequado de protetores.
“Os jovens não se protegem corretamente porque não têm esse costume. É um problema cultural. O que o jovem não entende é que o tumor da pele tem crescimento lento. Hoje ele não tem nada, mas 15 anos depois o tumor aparece.”
Fonte: Jornal Pequeno – MA
Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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