Reposição hormonal e climatério
O climatério é período de transição em que a mulher começa a apresentar declínio da função ovariana com diminuição dos hormônios estrogênicos e todo um “rosário” de sintomas que acontece antes e depois da menopausa, que é a ocasião em que a mulher deixa de menstruar.
A menopausa geralmente ocorre na faixa etária entre 46 e 52 anos. Quando acontece em idade abaixo de 46 anos trata-se de menopausa precoce e, se iniciada em idade acima dos 55 anos, também não é desejável, pois significa mais tempo de exposição ao estrógeno, o que aumenta os riscos para a saúde da mulher, incluindo o risco de câncer.
Reposição hormonal é indicada apenas em alguns casos
O tratamento de reposição hormonal em termos de medicina baseada em evidência é indicado logo nos primeiros anos do climatério e se a mulher apresentar sintomas.
Está indicado esse tipo de tratamento nos casos de mulheres que apresentem sintomas como ondas de calores, insônia e ressecamento vaginal. Esses são os sintomas que comprovadamente podem melhorar. A terapia de reposição hormonal deverá durar de dois a cinco anos.
Mitos e verdades
É mito que todas as mulheres devem fazer terapia de reposição hormonal, é mito que melhora tudo; é verdade que aumenta riscos de câncer de mama, doenças tromboembólicas e cardiovasculares, principalmente nas mulheres mais velhas; é absurdo o que se vê de uso inadequado de terapia de reposição hormonal, sobretudo em mulheres acima de 60 anos; é verdade que o tratamento previne osteoporose, porém a indicação maior para prevenção é de outros medicamentos, como os bifosfonatos.
Não há nenhuma comprovação de que a reposição hormonal previna a demência senil. A libido na mulher não tem relação direta com níveis de andrógenos, e o uso de testosterona e derivados pode ser feito com critérios, cada caso avaliado individualmente. São necessários estudos com doses baixas e com os chamados bioidênticos.
Fonte: Jornal da SBD – Ano XV n.5 (Autora: Ivonise Follador)
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Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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