Vinho branco aumenta o risco de rosácea
De acordo com uma nova pesquisa, mulheres que tem o hábito de beber vinho branco e bebidas destiladas tem maior risco de desenvolver rosácea.
A doença causa vermelhidão, lesões parecidas com espinhas e o aparecimento de finos vasos sanguíneos na pele da face.
Enquanto o vinho tinto é frequentemente apontado como um fator de agravamento da vermelhidão facial de quem já sofre da doença, a nova pesquisa focou no papel do álcool como um fator para o desenvolvimento da rosácea.
Outros fatores já conhecidos que favorecem o surgimento da rosácea são a tendência genética e a reação do sistema imune contra uma bactéria presente na pele.
Os autores avaliaram cerca de 83.000 mulheres que participaram de um estudo de 1991 a 2005 e coletaram informações sobre a ingesta de álcool a cada 4 anos, durante um seguimento de 14 anos. Neste período, aproximadamente 5.000 novos casos de rosácea ocorreram.
Vinho branco: até 49% de risco aumentado
Para quem bebe vinho branco de uma a três vezes por mês, comparado com quem nunca bebe, houve um aumento de 14% no risco de desenvolver rosácea. Para quem bebe cinco ou mais vezes por semana, o risco aumentou para 49%.
No caso das bebidas destiladas, cinco ou mais drinks por semana aumentou o risco de desenvolvimento de rosácea para 28%.
O autor principal do estudo, Wen-Qing Li, diz que não sabe se o mesmo se aplica aos homens, já que o estudo só incluiu mulheres e ressalta que a descoberta é apenas uma associação e não uma relação de causa e efeito, mas que é importante que médicos e consumidores de bebidas alcoólicas saibam que existe esta ligação.
Ele não sabe dizer exatamente porque o vinho branco e os destilados parecem aumentar o risco de rosácea, mas os pesquisadores suspeitam que as bebidas possam enfraquecer o sistema imune e contribuir para a dilatação de vasos sanguíneos.
Outros fatores contribuem para a piora da rosácea
Além do álcool, outros fatores são conhecidos como gatilhos para o agravamento da rosácea como a exposição solar, cafeína e alimentos quentes e condimentados. No entanto, pessoas que tem a doença respondem de forma variada a estes fatores, que podem não se aplicar a todos os pacientes.
O tratamento inclui medicamentos de uso tópico, laser ou luz intensa pulsada para diminuir os vasos sanguíneos e alguns tipos de antibióticos para os casos mais intensos, quando ocorre a formação de lesões semelhantes a espinhas.
Saiba mais sobre a rosácea.
Fonte: artigo publicado no Jornal da Academia Americana de Dermatologia, 20/04/2017.
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Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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