Tratamento do molusco contagioso com imiquimode
O molusco contagioso é uma doença viral que provoca lesões na pele, muitas vezes confundidas com verrugas.
A transmissão da doença se dá pelo contato direto com pessoas contaminadas e afeta principalmente as crianças, sendo frequente naquelas com dermatite atópica.
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O molusco contagioso também pode atingir adultos, principalmente aqueles que tenham alguma imunodeficiência, como pacientes infectados pelo HIV ou transplantados, e pode ser transmitido pelo contato sexual.
As lesões do molusco contagioso são pequenas, elevadas, hemisféricas, da cor da pele, com aspecto translúcido e apresentando umbilicação central. Podem estar isoladas (mais comum) ou se agrupar.
O tamanho das lesões pode variar de puntiformes a cerca de 5 milímetros de diâmetro e o número pode variar de poucas a centenas de lesões, já que as lesões são autoinoculáveis, podendo se espalhar.
Métodos de tratamento podem ser traumáticos para crianças
Como o tratamento do molusco contagioso consiste na destruição das lesões, isso implica na realização de procedimentos que podem ser traumáticos para crianças pequenas, principalmente se forem em grande quantidade.
Os tratamentos realizados com mais frequência são a curetagem (raspagem), eletrocoagulação, criocirurgia, cauterização química ou expressão manual após desobstrução. Quando curetada ou retirada através da expressão manual, é eliminado um conteúdo semelhante a uma “massa” de cor esbranquiçada.
Opção de tratamento para o molusco contagioso modifica a resposta imune
Uma alternativa de tratamento para os casos onde os tratamentos convencionais se tornam causa de sofrimento para as crianças, muitas vezes maior do que a própria doença, é o uso de imunomoduladores (imiquimode), no qual a aplicação do produto nas lesões, sob a forma de um creme, modifica a resposta imune na áreas tratadas.
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O medicamento, que também é usado para tratar ceratoses actínicas e alguns tipos de carcinoma basocelular superficiais, estimula a produção de substâncias que ativam células inflamatórias de defesa, levando à destruição das células da pele infectadas pelo vírus e consequente regressão das lesões.
O tratamento é feito em casa e a forma adequada de uso deve ser orientada pelo dermatologista de acordo com cada caso. Geralmente, ocorrem efeitos colaterais na pele ao redor das lesões, como: vermelhidão e descamação, acompanhados de coceira.
A vantagem deste tratamento é que pode ser aplicado em casa, não é traumático para as crianças e é bem tolerado. A desvantagem é o possível incômodo provocado pelos efeitos colaterais na pele e o preço do produto, que ainda é alto.
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Publicado por: Dr. Roberto Barbosa Lima – Dermatologista Titular da SBD
Site da clínica: www.barbosalima.com.br
Instagram: @dr.robertobarbosalima
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Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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