Lipostabil é proibido no Brasil
Venda e uso do Lipostabil são proibidos pela Anvisa
O Lipostabil, nome comercial da fosfatidilcolina, medicamento injetável que vem sendo utilizado para a redução de gordura localizada, teve sua venda e utilização proibidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A Anvisa alerta aos consumidores, profissionais médicos, proprietários de clínicas de estética e farmácias de manipulação que o medicamento Lipostabil não está registrado na Anvisa e por isso não existe autorização para fabricação, importação, distribuição, venda e uso desse produto no país.
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Redução de gordura localizada não é comprovado
O medicamento vem sendo usado em diversas clínicas brasileiras com uma indicação não comprovada de redução de gorduras localizadas e tratamento estético.
O próprio laboratório responsável pela distribuição do medicamento Lipostabil na Itália, Alemanha e outros países, a Aventis Pharma, comunicou oficialmente à Anvisa que ainda não comercializa o produto no Brasil, motivo pelo qual não solicitou seu registro.
A empresa informou também que a fosfatidilcolina é um medicamento cardiológico indicado para o tratamento e profilaxia de embolia gordurosa e que não existem estudos clínicos que comprovam a eficácia e a segurança do produto na dissolução de gorduras localizadas.
No entanto, existem trabalhos científicos de médicos brasileiros publicados sobre a utilização da fosfatidilcolina para esta finalidade.
Efeitos colaterais
Diz ainda que os efeitos colaterais, a longo prazo, pelo uso deste produto ainda não são conhecidos. A Aventis Pharma afirma que “devido à ausência de estudos clínicos para a indicação estética, não há como assegurar a utilização do produto, via aplicação subcutânea, sem que haja riscos em relação a dissolução exagerada de gordura ou a desnutrição de outros tecidos além das células adiposas”.
Além disso, existem riscos conhecidos da fosfatidilcolina apresentados como náuseas, queimação, anorexia, diarréia, depressão, ganho de peso, arritmias, hipotensão e fraqueza.
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A Agência informa ainda que qualquer unidade encontrada deste produto pelos fiscais sanitários será recolhida e a empresa que estiver importando, distribuindo, comercializando ou utilizando este produto será autuada e poderá receber multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Em casos extremos, o estabelecimento poderá ser interditado.
Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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