Bronzeamento artificial matou 794 por ano, diz estudo

Proibido na Austrália e em países da Europa
Estudo publicado nesta semana no site do “British Medical Journal” aponta que, de 63.942 novos casos de melanoma (um tipo de câncer de pele) diagnosticados a cada ano na Europa, incluindo Reino Unido, França e Alemanha, 3.438 (5,4%) estão relacionados ao bronzeamento artificial.
O levantamento associa 794 mortes todo ano ao uso dos equipamentos de bronzeamento – 498 homens e 296 mulheres.
Os pesquisadores do Instituto Internacional de Pesquisa e Prevenção, na França, e do Instituto Europeu de Oncologia, na Itália, analisaram resultados de 27 estudos sobre câncer de pele e uso de camas de bronzeamento artificial entre 1981 e 2012.
Aumento de 20% a 40% no risco de ter um melanoma
O número total de casos de câncer de pele incluídos na análise foi 11.428. Os autores chegaram à conclusão de que o bronzeamento artificial implica num aumento de 20% no risco de ter um melanoma. Se o usuário do equipamento tiver menos de 35 anos, as chances dobram. Cada sessão anual de bronzeamento, calculam, oferece um aumento de 1,8% no risco de ter um melanoma.
Os autores concluem que o melanoma e outros cânceres de pele associados com o uso de equipamentos de bronzeamento artificial podem ser prevenidos simplesmente evitando-se essa prática. Eles argumentam que a indústria não demonstrou uma capacidade de “autorregulação eficaz”.
Bronzeamento artificial é proibido na Austrália e países da Europa
A prevenção deve ser baseada em “ações mais duras”, defendem. O bronzeamento artificial para jovens com idade inferior a 18 anos, por exemplo, deve ser restrito, dizem os autores. Sem supervisão, a prática deve ser proibida, como acontece na Austrália e vários países da Europa, acrescentam.
Fonte: Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia (06/08/2012).
Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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