Urticária nervosa: o estresse pode ser a causa
Urticária é uma erupção alérgica caracterizada por empolação da pele e coceira intensa. O aspecto é de placas avermelhadas, inchadas e quentes, que surgem repentinamente e desaparecem, na maioria das vezes, em minutos ou horas. Há os casos de urticária crônica, nos quais as placas se sucedem por mais de três meses.
A urticária depende de uma predisposição genética da pessoa. Com freqüência, o paciente tem outras manifestações alérgicas, como asma, rinite ou dermatite atópica.
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Causas da urticária
A crise de urticária depende do contato do organismo predisposto com um alérgeno (um agente que provoca alergia), que pode ser um alimento, um inalante, um contactante, frio, calor, medicamentos.
A reação que se segue leva a uma alteração num tipo de célula, chamada mastócito, que libera histamina (uma substância química) e esta desencadeia uma dilatação de vasos e saída de líquido para os tecidos. Também pode haver urticária por doenças internas, razão por que são sempre necessários exames gerais.
A maneira de evitar a urticária é descobrir seu agente causador e impedir que ele entre em contato com o organismo. Isso é difícil, porque, apesar dos exames e dos testes alérgicos, pelo menos metade dos casos fica sem esclarecimento quanto à sua origem.
Tensão e urticária
Entre as urticárias que terminam sem causa conhecida está aquela que se relaciona com a tensão emocional. Não é possível demonstrar essa relação, mas chega-se a essa suposição acompanhando o desenvolvimento de uma crise.
Sugestivamente, a erupção aparece em fase de estresse e tem fases de melhora e reaparecimento, em coincidência com momentos de mais tensão.
Um aspecto curioso é o fato de a pessoa ir dormir sem urticária e acordar, no meio da noite ou pela manhã, coçando-se e cheio de placas. Esse fato indica uma provável origem emocional, porque, durante a noite, o paciente não entra em contato com nenhum alérgeno novo nem tem contato renovado com os alérgenos diurnos.
O único elemento presente é a mente, que não dorme e que, durante o repouso físico, traz as imagens do que foi vivido durante o dia para eliminação de tensão ou para compreensão ou esclarecimento, segundo se supõe.
Um caso real de urticária nervosa
Tive uma paciente que começou a ter urticária, quando sua casa entrou em reforma e ela teve que mudar-se, com o marido e os filhos, para a casa da sua mãe, que era em local distante de onde morava e onde tinha todas as facilidades, inclusive a escola dos filhos.
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O transtorno de uma morada transitória, mais o tempo perdido em providências que estavam equacionadas em sua casa, mais os problemas com material e artífices para a reforma, coincidiram com a instalação de crises de urticária nervosa.
Quando a atendi estava em estado nervoso muito intenso a ponto de necessitar ingerir um tranqüilizante. Esse estado permaneceu por meses apesar dos antialérgicos prescritos. Quando finalmente a reforma terminou e voltou para sua casa, a urticária nervosa desapareceu e nunca mais voltou.
Não há prova material do nexo entre a tensão emocional e a erupção, mas a ocorrência dela durante o período de estresse foi muito significativa. Enquanto não se dispuser de um exame que demonstre materialmente que estresse causa urticária, restará sempre a dúvida.
Mas há muitos casos em que, excluídas todas as possíveis causas, sobra apenas o estado emocional como possível razão. Ainda mais quando a urticária termina no momento em que o estresse acaba.
Saiba mais sobre a urticária.
Colaboração: Dr. Roberto Azambuja – Dermatologista Sócio Titular da SBD
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Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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