Herpes simples e AIDS
A infecção causada pelo vírus do herpes simples (HSV) se caracteriza clinicamente por placas avermelhadas, recobertas por vesículas (pequeninas bolhas), agrupadas em forma de cacho de uva.
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Estas lesões progridem para uma ou mais pequenas úlceras, que normalmente evoluem para cura em cerca de 7 a 10 dias. Podem se localizar em qualquer lugar do corpo , mas são mais comuns nos lábios e na região genital.
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Na infecção pelo HIV estas úlceras tendem a durar um tempo maior, às vezes chegando a mais de 21 dias. Podem, até mesmo, não curar, caso não haja tratamento adequado, ou então atingir grandes dimensões, principalmente na região peri-anal. Outra característica é o retorno freqüente da doença, ou aparecimento de múltiplas lesões.
Nos estágios mais avançados de AIDS pode ocorrer a disseminação do vírus e consequentemente surgirem lesões por todo o organismo, como por exemplo úlceras no esôfago, nestes casos aumenta a possibilidade de encontrarmos tipos virais resistentes à terapia habitual (principalmente em indivíduos com CD4 < 100).
Tratamento
O tratamento é feito com medicamentos anti-herpéticos sistêmicos como o aciclovir, o valaciclovir, e o famciclovir. Estes dois últimos são mais eficazes pois apresentam melhor absorção, atingem níveis sanguíneos mais altos e possuem posologia mais cômoda.
Nos casos de falha terapêutica com o aciclovir oral deve-se utilizar o aciclovir venoso, e nos casos de vírus resistentes temos que optar pelo foscarnet. Quando as recidivas são constantes pode-se fazer supressão por tempo prolongado com quaisquer das drogas anti-herpéticas.
Atualmente com o uso da terapia combinada potente, o chamado “coquetel”, o pacientes podem apresentar nas 4 a 6 primeiras semanas de tratamento recidiva das lesões de herpes.
Este fato está correlacionado com a melhora da resposta imune do paciente, a chamada “reconstituição imunológica”, devendo então ser mantido tratamento anti-retroviral, e ser instituído o tratamento anti-herpético.
Por último, é sempre bom ressaltar que pacientes com lesões ativas de herpes simples não devem ser submetidos a exames de carga viral, pois esta poderá estar alterada devido a esta infecção e não estar correlacionada com falha terapêutica.
Os pacientes devem aguardar pelo menos 4 semanas após a cura da infecção por herpes para realizarem novo exame de carga viral.
Colaboração: Dr. Marcio Serra – Dermatologista Sócio Titular da SBD
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Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
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Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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