Gravidez e beleza: o que pode?
Na dúvida, é melhor não arriscar. Esta é a regra para as mulheres que querem saber qual a melhor forma de cuidar da beleza durante os nove meses de gestação, afirmam os dermatologistas.
A explicação é simples: como os testes de segurança dos cosméticos não são feitos com grávidas, não há como ter a certeza de que um determinado produto não vai fazer mal ao feto. O cuidado deve ser ainda maior nos três primeiros meses de gravidez, fase mais importante na formação correta do bebê.
Os dermatologistas estão, cada vez mais, indicando produtos bem naturais para as gestantes. As melhores marcas de cosméticos geralmente têm uma linha especial para grávidas. Estes produtos costumam ser livres de uma série de substâncias, não causam alergias e agridem menos a pele.
Nesta fase, o ideal é investir apenas na prevenção. Ou seja, nada de tratar rugas, manchas, espinhas, estrias ou celulite. Estes tratamentos só devem ser retomados após o fim da amamentação, já que alguns componentes dos cosméticos, principalmente os ácidos, podem acabar no leite materno.
Perigo para o feto e risco para mãe
Além do perigo para o feto, os cosméticos comuns também podem irritar ou causar manchas na pele da futura mãe, que está muito mais sensível neste momento.
Durante a gravidez, não adianta a mulher querer investir em procedimentos para combater os eventuais problemas de beleza que aparecem durante esses nove meses. Isto só vai fazer mal a ela e ao bebê. Na verdade, o ideal é que, assim que souber que está grávida, guarde todos os produtos de beleza antigos e converse com seu dermatologista e seu obstetra para saber o que ainda é permitido. Além do perigo para o feto, os cosméticos comuns também podem irritar ou causar manchas na pele da futura mãe, que está muito mais sensível neste momento – avalia.
Os tratamentos estéticos como peelings, laser e massagens modeladoras também devem ser suspensos, lembra a dermatologista Renata Roxo, da SBD. O único permitido é a drenagem linfática e, mesmo assim, só deve ser feita com aval do obstetra.
Confira alguns dos produtos proibidos durante a gravidez
– Cabelos: Nos três primeiros meses, qualquer tipo de tintura, clareamento ou reflexo está proibido. Além da amônia e do iodo, estes produtos costumam conter metais pesados como chumbo. Alguns dermatologistas permitem, após o primeiro trimestre, reflexos longe da raíz, assim como tonalizantes.
E não adianta achar que a henna é natural. Nem todos os produtos são de boa qualidade e podem oferecer riscos à saúde. Alisamentos, escovas progressivas ou inteligentes, relaxamentos e hidratações que contenham formol, mesma na quantidade permitida pela Vigilância Sanitária, também estão totalmente proibidos.
– Rosto: Qualquer tipo de creme clareador, rejuvenescedor ou firmador está proibido. Botox ou colágeno, nem pensar. Na gravidez, é preciso evitar os ácidos glicólico, salicílico, retinóico e os derivados de frutas, os antibióticos tópicos, e também qualquer produto com enxofre. Filtros solares são permitidos, mas o ideal é preferir aqueles livres de parabenos e ftalatos.
– Corpo: Hidratantes são recomendados, mas devem ser indicados por um dermatologista e devem ter uma fórmula especial para gestantes. Por exemplo, as temidas estrias são combatidas com hidratantes com uréia em baixa concentração. Produtos muito concentrados não são recomendados para a grávida, assim como aqueles com vitamina A e hidroquinona porque podem manchar a pele.
Fonte: Globo Online – RJ (18/11/2008)
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Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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