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Paroníquia, unheiro

O que é?

Paroníquia, conhecida popularmente como unheiro, é a inflamação da dobra ungueal (pele ao redor da unha) e pode ser provocada por diversos agentes como bactérias, fungos e vírus. Pode ser, também, uma manifestação de alergia.

Manifestações clínicas da paroníquia

Paroníquia aguda: a inflamação se desenvolve em algumas horas e, usualmente, se resolve em alguns dias. Pequenos ferimentos como os provocados ao se remover a cutícula podem ser a porta de entrada da infecção. O agente causador mais comum é a bactéria Staphylococcus.

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A dobra ungueal fica avermelhada, muito dolorosa e inchada. Pode haver presença de pus sob a pele e os casos mais intensos podem se acompanhar de ínguas e, até mesmo, evoluir para um abscesso. Outra complicação possível é a formação de um granuloma piogênico.

A paroníquia aguda também pode ser provocada por outros agentes, como o vírus Herpes simplex, assim como ser resultado de um processo alérgico.

Paroníquia crônica: é um processo gradual que, em geral, começa por uma das unhas e acaba afetando outras. A dobra ungueal fica inchada, avermelhada, dolorida e se eleva em relação à lâmina da unha, podendo haver, em alguns casos, eliminação de pus por baixo da cutícula quando se espreme a área inchada.

A inflamação pode se estender por vários meses ou anos e altera a formação da unha, que cresce ondulada e com a superfície defeituosa, tornando-se quebradiça.

paroníquia
Vermelhidão e inchaço na pele ao redor da unha

A paroníquia crônica pode ser provocada por diferentes microorganismos, como bactérias, fungos e leveduras, sendo a Candida albicans um dos mais frequentes causadores.

É muito comum em pessoas que trabalham constantemente com água, como empregadas domésticas, donas de casa e ajudantes de cozinha. As mãos continuamente molhadas favorecem a proliferação dos microorganismos e dificultam a eliminação da doença.

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Tratamento

A paroníquia aguda bacteriana deve ser tratada com antibióticos de uso local e/ou oral, dependendo da intensidade do caso. No caso de formação de abscesso, este deve ser drenado.

Quando provocada pelo vírus Herpes simplex, tratamento anti-herpético deve ser instituído por via oral.

No caso de paroníquias decorrentes de alergias, por exemplo, a esmaltes ou acetona, cremes de corticosteróides estão indicados, além da óbvia interrupção do uso do esmalte.

Para as paroníquias crônicas, tratamento anti-bacteriano ou anti-fúngico deve ser indicado pelo dermatologista, de forma tópica ou por via oral, de acordo com a gravidade de cada caso.

Nos casos muito crônicos e extremamente resistentes ao tratamento, pode ser necessária a remoção cirúrgica da pele afetada para se obter a cura.

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Importantes medidas preventivas devem ser tomadas para se evitar a paroníquia:

  • Não remova as cutículas! Elas são a proteção da dobra ungueal e evitam a penetração de agentes agressores;
  • Manter as mãos secas e as unhas limpas;
  • Trabalhadores que mexem com água devem usar luvas;
  • Mantenha as cutículas hidratadas com cremes emolientes para evitar pequenos ferimentos;
  • Evite o uso de acetona e removedores de esmalte. Eles ressecam a pele e favorecem o surgimento de alergias.
  • Se você suspeita que sofre de paroníquia, não utilize medicamentos indicados por outras pessoas, pois podem mascarar características importantes para o diagnóstico correto da sua doença e dificultar o seu tratamento.

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Publicado por: Dr. Roberto Barbosa Lima – Dermatologista Titular da SBD
Site da clínica: www.barbosalima.com.br
Instagram: @dr.robertobarbosalima

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Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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