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Eritema multiforme ou eritema polimorfo

O que é?

O Eritema multiforme é uma síndrome de hipersensibilidade de surgimento abrupto que provoca lesões na pele e, ocasionalmente, nas mucosas.

É provocado por uma reação do organismo a medicamentos (sulfa, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos…) e infecções virais e bacterianas, sendo o herpes o agente viral mais comumente envolvido.

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O eritema multiforme se manifesta sob duas formas de apresentação:

  • Minor: acomete apenas a pele, com poucos sintomas gerais e melhor evolução;
  • Major: acomete a pele e as mucosas, com sintomas gerais importantes e evolução mais grave, também conhecido como Síndrome de Stevens-Johnson.

Manifestações clínicas do eritema multiforme

O eritema multiforme se instala de forma súbita e acomete principalmente os braços, as pernas, as mãos e os pés. O termo multiforme vem da multiplicidade de tipos de lesões, que podem ser avermelhadas ou purpúricas, elevadas, com vesículas e bolhas. As lesões aumentam de tamanho e podem atingir vários centímetros.

Manifestações características são a lesão em alvo: bordas elevadas e de contorno avermelhado, com centro deprimido e mais escuro; e a lesão em íris: placa avermelhada centrada por vesícula ou bolha. Quando as mucosas são acometidas, surge vermelhidão e feridas erosadas.

eritema multiforme
Eritema multiforme ou eritema polimorfo

Este quadro dura cerca de 4 semanas e pode ser precedido ou acompanhado por coceira, febre, indisposição e mal estar geral.

Na forma mais grave do eritema multiforme, a Síndrome de Stevens-Johnson, ocorre um acometimento cutâneo extenso, com inúmeras lesões e formação de bolhas, que podem provocar o descolamento de até 10% da pele. As mucosas bucal, ocular e genital também são bastante atingidas pela formação de feridas. O quadro se acompanha de sintomas gerais importantes e outros órgãos podem ser comprometidos, como os pulmões e os rins.

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Tratamento

Quando suspeita-se de que a causa do eritema multiforme foi o uso de algum medicamento, este deve ser imediatamente suspenso, sempre que possível. Se ele for fundamental para o tratamento de outras doenças, deve-se buscar um substituto. No caso de suspeição do agente desencadeador ser uma infecção, esta deve ser tratada.

O tratamento é realizado com medicação antihistamínica (no caso de coceira) e corticosteróides de uso tópico ou por via oral, apesar de alguns autores contraindicarem o seu uso e preconizarem o uso de imunoglobulina humana. Também são importantes os cuidados básicos com as feridas e os cuidados gerais com a saúde do paciente.

Casos de Síndrome de Stevens-Johnson podem justificar a internação do paciente devido à sua maior gravidade, para que este receba um melhor suporte clínico, incluindo a assistência de outros especialistas, além do médico dermatologista.

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Publicado por: Dr. Roberto Barbosa Lima – Dermatologista Titular da SBD
Site da clínica: www.barbosalima.com.br
Instagram: @dr.robertobarbosalima

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Dr. Roberto Barbosa Lima

Médico Dermatologista

Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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