Carcinoma de células de Merkel
O que é?
O carcinoma de células de Merkel é um tipo de câncer raro que se forma quando estas células, que se localizam na pele e são relacionadas com o sentido do tato, se multiplicam sem controle.
Também conhecido como carcinoma neuroendócrino ou carcinoma trabecular, acomete com mais frequência pessoas idosas e aparece principalmente nas áreas da pele que ficam expostas ao sol, sendo mais frequente na cabeça e no pescoço, mas podendo também ser encontrado nos braços, pernas e tronco.
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Histórico de exposições prolongadas ao sol e deficiências do sistema imune são fatores de risco para o surgimento do tumor.
Manifestações clínicas do carcinoma de células de Merkel
O carcinoma de células de Merkel geralmente é único, indolor, de consistência firme e elevada, formando massa tumoral de coloração avermelhada ou violácea. O crescimento é rápido, podendo provocar ulceração (formação de ferida) e sangramento.
Abaixo, na sequência de fotos, pode ser notado o aumento do tamanho do tumor em apenas 20 dias.
O tumor tem tendência a se disseminar precocemente invadindo os tecidos ao seu redor ou enviando metástases para gânglios linfáticos, pulmões, cérebro, ossos e outros órgãos, através do sistema linfático ou do sangue.
Devido à sua semelhança com outros tipos de tumor, o diagnóstico do carcinoma de células de Merkel deve ser confirmado através do exame de uma biópsia da lesão ao microscópio e de testes para confirmar qual é o tipo de célula tumoral encontrada.
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Tratamento
O tratamento do carcinoma de células de Merkel vai depender do estágio em que se encontra a doença.
O tumor deve ser removido cirurgicamente o mais cedo possível para prevenir a sua disseminação à distância, que pode ocorrer de forma precoce, sendo fundamental procurar um médico dermatologista se uma lesão com as características descritas acima for detectada.
A retirada deve ser ampla, devido a ser frequente o retorno da lesão no local da cirurgia. Durante a remoção da lesão cutânea, pode ser realizada a pesquisa de metástases nos gânglios regionais. Em caso positivo, estes devem ser retirados.
Radioterapia na região original do carcinoma e quimioterapia, podem ser necessárias para a eliminação de células tumorais nos casos em que já tenha ocorrido a disseminação de metástases.
O caso demostrado acima foi tratado com retirada cirúrgica e radioterapia. Dezoito meses após a cirurgia, não há sinal de retorno da lesão.
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Publicado por: Dr. Roberto Barbosa Lima – Dermatologista Titular da SBD
Site da clínica: www.barbosalima.com.br
Instagram: @dr.robertobarbosalima
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Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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