Herpes genital e gravidez: como prevenir a contaminação do bebê?
Porque uma mulher sofre de herpes genital, isso não quer dizer que ela não pode ter filhos.
No entanto, isso pode significar riscos para o feto em certas situações e saber mais sobre estes riscos pode ajudar às futuras mamães e seus parceiros a tomar decisões acertadas para se proteger e a seus filhos.
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Fatores de risco para infecções do bebê por herpes genital
O risco de se transmitir o herpes simples para o bebê depende de vários fatores:
- Exposição da criança às lesões de herpes durante o parto
- Se a mãe tem anticorpos contra o vírus do herpes simplex
- Se o bebê teve tempo de adquirir estes anticorpos antes do parto
Para ilustrar, se uma mulher tiver seu primeiro surto de herpes genital durante o 3º trimestre de gravidez e não tiver desenvolvido anticorpos até o trabalho de parto, tem uma chance de 33% de transmitir o vírus para o bebê.
Por outro lado, no caso de uma mulher que tenha uma recorrência de herpes genital, como ela já tem anticorpos e os passou para o feto, ela terá apenas 3% de chances de transmitir o vírus para o bebê.
Algumas mulheres podem ter contato com o vírus e desenvolver anticorpos contra ele sem nunca ter tido um episódio de herpes. Durante a gravidez, devido a alterações do sistema imune decorrentes do período gestacional, pode ocorrer o primeiro surto. Neste caso, o risco é semelhante ao de um surto recorrente.
Efeitos do vírus do herpes simplex no neonato
Muitas infecções neonatais são adquiridas sem que a mãe tenha conhecimento de que tem o vírus do herpes, devido a lesões localizadas no colo do útero ou próximo a ele. A maioria das transmissões ocorrem durante o parto.
A transmissão do vírus para o recém-nascido pode ter efeitos graves. A extensão do quadro pode ir desde lesões na pele ao involvimento dos olhos e da boca, infecções cerebrais e em outros órgãos.
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Desta forma, toda mulher que apresente lesões de herpes genital, seja primário ou recorrente, durante o trabalho de parto, deve ser submetida a uma cesareana para reduzir o risco de contaminação da criança pelo vírus e todos os recém-nascidos com suspeita de infecção devem ser tratados o mais cedo possível.
Tratamento do herpes na gravidez
As recomendações atuais são para tratar todos os surtos primários de herpes genital com medicação antiviral, inclusive em mulheres grávidas. O antiviral Aciclovir é o que tem maior número de registros de uso na gravidez que sugerem ser provavelmente seguro.
Precauções para gestantes que não tem herpes
Enquanto toda mulher que nunca teve herpes deve ser cautelosa quanto a manter relações sexuais com parceiros que tem herpes, as gestantes devem tomar precauções extras, especialmente no terceiro trimestre da gravidez, devido ao pouco tempo para produção de anticorpos antes do parto..
Assim, mulheres grávidas devem evitar relações sexuais, incluindo sexo oral, com parceiros que tenham herpes genital. Caso isso já tenha ocorrido, devem conversar com o seu obstetra sobre testes para detecção de anticorpos contra o vírus do herpes simplex.
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Publicado por: Dr. Roberto Barbosa Lima – Dermatologista Titular da SBD
Site da clínica: www.barbosalima.com.br
Instagram: @dr.robertobarbosalima
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Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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