Cirurgia Micrográfica: 100% de cura
Tratamento seguro do câncer da pele
A Cirurgia Micrográfica de Mohs é um procedimento cirúrgico meticuloso, para o tratamento do câncer de pele ou mucosas. Baseia-se na avaliação da lesão que está sendo retirada ao microscópio, em vez de apenas ao olho nu, a fim de assegurar que todas as células cancerosas serão removidas.
Em outras palavras, é como se o câncer da pele fosse um iceberg e pudéssemos visualizá-lo por inteiro, e não só a ponta dele, que seria o que aparece do tumor na superfície da pele.
A técnica foi desenvolvida pelo Dr. Frederich Mohs, na Universidade de Wisconsin – USA, na década de 30, pioneiro na sua utilização e que deu o nome à cirurgia.
A Cirurgia Micrográfica de Mohs requer habilidade e treinamento qualificado, pois será necessário ao especialista em dermatologia (denominado cirurgião de Mohs) atuar de três formas:
1. como cirurgião, removendo o tumor;
2. como patologista, identificando o tumor ao microscópio, durante a cirurgia, e mapeando-o num desenho correspondente à área das células tumorais remanescentes;
3. como cirurgião reparador do defeito cirúrgico.
Diferente de outras técnicas utilizadas pela patologia convencional – que examina somente uma pequena parte do tecido retirado – o cirurgião de Mohs tem condições de avaliar todo o tecido ao redor e abaixo do tumor, obtendo uma taxa de cura para câncer de pele de virtualmente 100%.
As etapas da cirurgia micrográfica
1. A maioria dos tumores de pele é visível na superfície. O cirurgião de Mohs remove primeiramente o tumor visível. As células tumorais são invisíveis a olho nu e podem se estender para dentro da pele. Observe a ramificação na imagem abaixo.
2. Uma vez removido o tumor visível, o cirurgião de Mohs necessita fazer uma análise microscópica imediata do tecido (por congelação). Se as células tumorais permanecerem, como mostrado na imagem abaixo, elas poderão ser observadas no microscópio.
3. O passo seguinte é a marcação e mapeamento do tecido para preservar a orientação precisa do local de retirada.
4. A amostra do tecido é prensada e cortada em finas camadas, que serão aplicadas numa lâmina.
5. Ao exame microscópico observa-se que as células tumorais permaneceram.
6. O mapeamento indica ao cirurgião o local exato onde o tecido adicional deverá ser removido, preservando-se, assim, o tecido sadio.
A fim de verificar se ainda há tumor residual, procede-se novamente à análise microscópica. Este processo deverá ser repetido até que não sejam encontrados vestígios de células tumorais nas amostras analisadas.
Conclusão
A Cirurgia Micrográfica de Mohs é um método preciso para a remoção de cânceres de pele, evitando que resquícios do tumor original voltem a se desenvolver no mesmo ponto. Esta técnica promove a maior taxa de cura entre todas as modalidades de tratamento, ao mesmo tempo em que preserva ao máximo o tecido sadio ao redor do tumor, a função local e a aparência estética, minimizando as cicatrizes resultantes de um procedimento cirúrgico.
Saiba mais sobre o câncer da pele e como evitá-lo.
Colaboração: Dr. Inácio Faver – Dermatologista Sócio Titular da SBD
Imagens utilizadas com autorização da Mayo Foundation for Medical Education and Research.
Dr. Roberto Barbosa Lima
Médico Dermatologista
Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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